quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mobbing: os primórdios do bullying

Como será que Dan Olweus e  Heinz Leymann, em 1978, chegaram ao termo bullying? E onde será que eles observaram o primeiro caso deste comportamento? Como mostra a literatura, o termo bullying deriva da palavra bully, que quer dizer valentão. Porém, antes de se chamar bullying, o fenômeno se chamava mobbing, assim como nos animais. Todavia, em comportamento animal, mobbing é observado principalmente em aves. Isto ocorre quando um grupo de aves se juntam para atacar um predador. Isso mesmo, para atacar um predador. Não escrevi errado, não. Não só as aves apresentam tal comportamento. Outros grupos de animais também assim fazem. Muitas vezes, assistindo canais que mostram a "vida selvagem", vemos histórias, muitas vezes curiosas, de um bando de zebras que ataca um leão ou guinu para salvar um filhote que estava prestes a se tornar comida. Podemos achar fofinho, que eles estão protegendo o bando, ou o filhote, mas eles estão praticando mobbing.
Lembrando, que no mundo animal não existe moral, ou seja, nada é bonito ou feio, bom ou mau, apenas é. Assim sendo, o predador não é mau, muito menos aqueles que praticam mobbing.
Mas como houve o salto deste comportamento, até chegar no bullying "agressivo" que vemos hoje?
Cenas do próximo post. 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Os expectadores do bullying

Quem são os expectadores ou observadores de bullying? São aqueles que não participam das agressões. Não ofendem a ninguém e não são ofendidos. Então, se não participam de nada, por que há uma categoria dentro deste fenômeno para eles? Alguns estudos apontam que o estresse dos expectadores pode ser tão elevado quanto o das vítimas, já que eles podem ser a próxima vítima, se algo falarem. Mas será que eles ficam como vítimas ou como réus?
Lembre da clássica cena de filmes americanos: uma escola, no intervalo ou final da aula. Todos vão para o pátio ou para seus armários. O grandão segura um mais novo (desigualdade de poder) contra a parede e depois o joga na lata de lixo. Enquanto isso, muitos param para ver a cena. Porém, ninguém faz nada. Nenhum aluno chama o diretor ou um professor, alguém que poderia ou tem a potencialidade de resolver e parar com a situação constrangedora. Podemos enumerar diversos fatores para que isso ocorra: medo, fascínio pela violência, sadismo, falta de ação, ou apenas por achar engraçado. Independente do motivo, podemos dizer que os expectadores, em muitos momentos, dificultam as ações anti-bullying ou mesmo facilitam as investidas de mau gosto dos autores.
Essa visão dos observadores é reforçada com um estudo que aponta um estresse inferior nos observadores em comparação às vítimas e autores.
Fiquemos mais atentos aqueles que passam desapercebidos no fenômeno bullying.