quinta-feira, 28 de outubro de 2010

TJSP adere ao "Projeto Justiça na Escola", do CNJ


A Coordenadoria da Infância e Juventude do TJSP realizou no dia 21/10/10 o seminário "Justiça na Escola: Desafios e Perspectivas". Um dos temas do seminário doi o bullying. "Temos que enfrentar o bullying com uma agenda positivas e não negativa. Não adianta ficar reclamando", disse o juiz Paulo Roberto Fadigas César em sua palestra. Ele apontou algumas soluções para o problema e contou como tem se dado a atuação da rede de atendimento à criança e ao adolescente em sua circunscrição: “Temos feito um atendimento em rede não muito ortodoxo. A ortodoxia se dá com o sistema judicial de um lado, a rede de outro e uma comunicação por meio de ofícios. O ofício é a pior forma de comunicação: não grita, não fala, não traz emoção”.
 No Estado de São Paulo são quatro as varas da infância e juventude que adotaram práticas restaurativas como opção durante o procedimento judicial (São Caetano do Sul, Guarulhos, Campinas e Capital). Três dos projetos contaram com a parceria da Secretaria Estadual de Educação, mas os quatro alcançam escolas públicas locais. O foco da atuação nas escolas é a prevenção e o tratamento do bullying e de outros comportamentos que causam desarmonia no ambiente escolar. Também em São José dos Campos dez escolas da rede municipal estão prestes a implementar práticas restaurativas por iniciativa do Judiciário local. 

Filme sobre bullying

Depois de muitos filmes abordando o tema bullying, gostaria de indicar um filme lançado esse ano, que tem pr título: "Bullying: Provoações sem Limites". Ainda não tive a oportunidade de assistí-lo por completo, apenas o trailer, que pode ser visualizado através do link http://www.youtube.com/watch?v=P9Cxt9MIOOs

Dados do Filme:
Titulo Original: Bullying
Título Traduzido: Bullying – Provocações Sem Limites
Gênero: Suspense
Duração: 89 Minutos
Diretor: Josetxo San Mateo
Ano de Lançamento: 2010
Sinopse:
Jordi é um adolescente que perdeu recentemente seu pai e que, junto à sua mãe, decide mudar de cidade para começar uma nova vida. Em princípio tudo parece bem, mas o destino reservado para ele será uma terrível surpresa já que quando Jordi passar pelo portão da nova escola, cruzará sem saber a tenebrosa fronteira de um novo inferno.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O exemplo começa em casa!

Estudos vem mostrando a grande importância dos pais na vida de uma criança. (ex.: http://www.jstor.org/pss/1128973). Se um dos nossos anseios é a diminuição do bullying, precisamos prestar mais atenção nos exemplos que estamos dando aos nossos filhos e alunos. Segundo o IBGE, a figura mais importante na vida de uma criança, são seu pais, por mais que ela negem isso. Em sugundo lugar, os professores. Sé em terceiro lugar é que vem a televisão. Ou seja, os grandes formadores de opinião para as crianças ainda são os pais.
Então, imaginemos dentro do carro a mãe, o pai e a criança; todos a procura de uma vaga no estacionamento de um shopping em pleno sábado a tarde. Depois de horas rodando a procura, finalmente avista-se uma vaga. Obviamente essa visão não é um previlégio seu. O carro que está na outra ponta do estacionamento, vem de ré e pega essa vaga. Depois de horas de irritação procurando a bendita vaga, o motorista não se controla e inicia uma discussão como o outro motorista. Não interessa quem está com a razão. Para a criança, isso é mais um exemplo de que através da discussão, do grito e até da violência, situações podem ser resolvidas. Claro que a criança não tem consciência disso, mas já é um incentivo a práticas do bullying.
A partir de agora, tome um calmante antes de sair com seu filho para o shopping sábado a tarde. E lembre-se, não é somente em momentos extremos, como esse, que servimos de exemplo, mas a todo instante.

Notícia NYT: Ajuda pára o bullying, Estados Unidos diz a educadores

Leia e reportagem original: http://www.nytimes.com/2010/10/26/education/26bully.html?_r=2&hpw

Tradução:

Numa carta de 10 páginas a ser enviada na terça-feira a milhares de distritos escolares e faculdades, o Departamento de Educação exorta os educadores do país para garantir que eles estão cumprindo com suas responsabilidades para prevenir o assédio, como previsto nas leis federais.

A carta é o produto de uma revisão de um ano das leis federais e da jurisprudência que abrange formas sexuais, raciais e outros de assédio, disseram as autoridades. A emissão de carta assumiu nova urgência nas últimas semanas por causa de uma série de casos notórios em que os estudantes cometeram suicídio depois de sofrer bullying de colegas, disseram os oficiais.
Em um caso, Tyler Clementi, um jovem de 18 anos, calouro da Universidade de Rutgers, pulou da ponte George Washington em um aparente suicídio no mês passado, dias depois de seu companheiro de quarto, de acordo com os promotores, ter difundidos através da Internet o seu encontro íntimo com outro homem.
O departamento divulgou a carta para clarificar as responsabilidades legais das autoridades nas escolas públicas e nas faculdades e universidades ao abrigo das leis federais, disseram os oficiais. Certas formas de bullying aos alunos pode violar as leis federais de anti-discriminação.
"Estou escrevendo para lembrá-lo que algumas faltas de estudantee que caem no âmbito da política anti-bullying numa escola também podem desencadear responsabilidades sob uma ou mais das leis federais anti-discriminação", diz a carta, assinada por Russlynn H. Ali, secretário-adjunto pelos direitos civis.
Segundo os dados recolhidos pelo departamento de pesquisa no ano passado, um terço de alunos de idade entre 12-18 sentiu que estavam sendo ameaçados ou molestados na escola, Sra. Ali disse em uma entrevista.
"As pessoas precisam acordar", diz Ali. "Temos uma crise em nossas escolas em que a bullying e o assédio parecem ser um rito de passagem, e não precisa ser assim."
"Qualquer comportamento pode assumir muitas formas, incluindo ações verbais e xingamentos, demonstrações gráficas e escritas, que podem incluir o uso de celulares ou internet, ou outra conduta que possa ser fisicamente ameaçador, prejudicial, ou humilhante", diz a carta. "O assédio não tem de incluir a intenção de prejudicar, ser dirigida a um alvo específico, ou envolvem incidentes repetidos. Assédio cria um ambiente hostil quando o comportamento é suficientemente grave, generalizada, ou persistente, de modo a interferir ou limitar a habilidade do aluno em participar ou beneficiar dos serviços, atividades e oportunidades oferecidas por uma escola. "
O assédio com base em raça, cor, nacionalidade, sexo ou deficiência viola a lei federal de direitos civis, disse a carta.

Primeiro Post

Olá a todos!

Como primeiro post desse blog, queria explicar um pouco o que pretendo ao criar mais um, com a temática bullying. Defendi há um pouco mais de 1 mês minha dissertação que teve como um dos assuntos, o estresse escolar. Venho pesquisando o tema há aproximadamente 4 anos, e vejo diversas áreas se interessando por programas anti-bullying ou mesmo ações para divulgação do fenêmeno. Da mesma forma, nas minhas palestras, sou muito questionada por pais e educadores preocupados em obter mais informações para melhor lidarem com essa comportamento agressivo.
Enquanto pesquisava, senti falta de livros, blogs, sites, grupos de discussão que divulgassem ou mesmo abordassem o bullying por uma perspectiva mais científica. Logicamente que sei da importância e enalteço os profissionais e meios de comunicação que se disponibilizam a divulgar e informar o público em geral sobre as consequência do bullying. Todavia, muito vem sendo falado sem o devido embasamento teórico, o que me preocupa.
Sei que posso ter um olhar acadêmico, devido a minha formação, mas exatamente por esse fato, creio que possa dar uma contribuição de forma diferenciada ao público que anseia pelo término, ou mesmo diminuição da incidência desse comportamento que tantas consequência negativas pode trazer ao ser humano.
Por fim, vou me apresentar. Sou bacharel em Ciência Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e mestre pelo programa de Pós-Graduação em Psicologia na mesma Universidade. Minha monografia e dissertação abordaram o estresse escolar, aqui entitulado bullying. Esse projeto foi desenvolvido dentro da base de pesquisa de Psicologia Evolucionista, orientado pela Profa. Maria Emilia Yamamoto (UFRN) e pela profa. Emma Otta (USP).
Assim, me coloco a disposição, para juntos desvendarmos mais sobre o bullying e como detê-lo.