Quem são os expectadores ou observadores de bullying? São aqueles que não participam das agressões. Não ofendem a ninguém e não são ofendidos. Então, se não participam de nada, por que há uma categoria dentro deste fenômeno para eles? Alguns estudos apontam que o estresse dos expectadores pode ser tão elevado quanto o das vítimas, já que eles podem ser a próxima vítima, se algo falarem. Mas será que eles ficam como vítimas ou como réus?
Lembre da clássica cena de filmes americanos: uma escola, no intervalo ou final da aula. Todos vão para o pátio ou para seus armários. O grandão segura um mais novo (desigualdade de poder) contra a parede e depois o joga na lata de lixo. Enquanto isso, muitos param para ver a cena. Porém, ninguém faz nada. Nenhum aluno chama o diretor ou um professor, alguém que poderia ou tem a potencialidade de resolver e parar com a situação constrangedora. Podemos enumerar diversos fatores para que isso ocorra: medo, fascínio pela violência, sadismo, falta de ação, ou apenas por achar engraçado. Independente do motivo, podemos dizer que os expectadores, em muitos momentos, dificultam as ações anti-bullying ou mesmo facilitam as investidas de mau gosto dos autores.
Essa visão dos observadores é reforçada com um estudo que aponta um estresse inferior nos observadores em comparação às vítimas e autores.
Fiquemos mais atentos aqueles que passam desapercebidos no fenômeno bullying.
Não vou negar que algumas brigas eram divertidas de se ver, eu até ficava numa expectativa gostosa para que elas acontecessem. O grande problema é quando era você que estava envolvido nelas, ou quando você se sentia ameaçado de estar. Isto inclusive afeta negativamente o desempenho do aluno no colégio.
ResponderExcluirNa minha época do pré, tinha um cara que vivia me encarando, tentando intimidar apenas com o olhar. Isso aconteceu durante todo o ano. Até os dias de hoje, nas raras vezes em que o vejo por aí, ele age do mesmo modo comigo. Acredito que ele faça isso para demonstrar virilidade, para tentar demonstrar que é mais homem do que a vítima da encarada.
Conviver com o risco de levar porrada é terrível. Os colégios deveriam ter meios para coibir este tipo de atitude. Apesar de ser divertido para quem vê, é terrível para a vítima.
Samuel, obrigada pelo comentário. Você levantou um ponto interessante. Pode ser engraçado com os outros, mas quando a vítima somos nós, não é nada engraçado. Se queremos rir, vamos procurar outra fonte, que não o sofrimento alheio.
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