Alguns profissionais sugerem artes marciais para crianças e adolescentes que estejam sofrendo bullying. Como já disse, é importante que a criança se identifique com algo, podendo ser esporte, arte, música, artesanato, entre outros. Ao buscar o talento pessoal, estamos valorizando a individualidade, e incentivando o lado positivo de cada um. Se uma criança gosta de arte marcial, qualquer que seja ela, creio que o incentivo a prática é extremamente positivo. Porém, colocar uma criança para praticar uma arte marcial, simplesmente para aprender a se defender, pode gerar situações desagradáveis. Claro que é uma alternativa para defesa própria, mas nem sempre é a melhor solução. Se essa for a decisão da família, que procure um bom profissional, que não incentive o revide, e que mostre que a arte marcial não pode ser utilizada para agressão. O meu receio do incentivo da prática da luta, por parte de alguns profissionais é: será que essas crianças terão o discernimento do momento que podem ou não podem empregar o aprendido? Será que em algum momento, essa vítima não poderá ser autora e utilizar os "golpes" aprendidos para vitimizar outro.
Ao mesmo tempo, quero parabenizar os bons profissionais das artes marciais, que conseguiram recobrar a auto-estima de muitas vítimas de bullying, fazendo com que elas conseguissem procurar ajuda e sair desse comportamento.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Palestra no Colégio Santa Catarina de Sena
Gostaria de aproveitar o espaço para agradecer a equipe do Colégio Santa Catarina de Sena e aos alunos pelo espaço de informação e discussão sobre bullying, bem como as diversas perguntas pertinentes ao tema. Agradeço também a presença dos pais.
Nessa oportunidade, foi levantada a questão de levar os não o caso de bulllying à delegacia, gerando um Boletim de Ocorrência (B.O.).
Questionado sobre isso, respondi que devemos evitar que o bullying chegue ao nível de necessitar de interferência policial. Caso um aluno esteja se sentindo vitimizado por bullying ou brincadeira de mau gosto, deve, primeiramente, buscar o auxílio nos pais ou responsáveis, que conjuntamente devem procurar o(a) coordenador(a), e, pacificamente, tentarem solucionar o assunto.
Pedi aos pais presentes, discernimento para lidar com tais situações, já que os filhos podem super valorizar um acontecimento, ou mesmo exagerar o acontecido.
Pedi aos pais presentes, discernimento para lidar com tais situações, já que os filhos podem super valorizar um acontecimento, ou mesmo exagerar o acontecido.
Os coordenadores e psicólogos da instituição saberão como proceder quanto ao caso. É de extrema importância levar ao conhecimento dos coordenadores o acontecido, pois, muitas vezes, eles não sabem o que se passa com todos os alunos. Cabe aos pais, auxiliar na coibição do fenômeno, mesmo quando não é com seu filho.
Quando recorrer ao B.O.?
Quando a escola se recusa a intervir no caso ou quando há ameaça de morte. Qualquer situação diferente destas, vamos resolver os casos sem maior alarde, poupando os nossos próprios filhos e alunos da exposição excessiva.
domingo, 15 de maio de 2011
Responsabilidade do cyberbullying
Uma das formas de se fazer bullying é através de meios de comunicação virtuais, como sites de relacionamento, twitter e sms (mensagem de texto no celular). Esse comportamento tem um nome específico, cyberbullying. Diferentemente do bullying, o cyberbullying já pode ser assim considerado, com apenas uma ocorrência. Ou seja, uma única mensagem que eu receba no meu celular dizendo, por exemplo "Te odeio", já é considerado cyberbullying, podendo ser anônima ou não.
Mas de quem é a responsabilidade por este ato?
Normalmente, esse tipo de comportamento ocorre fora da escola: em casa. Assim sendo, os pais que devem se responsabilizar. Mas o que fazer? Vigiar os filhos 24h? Não. Além de educá-los do que é certo e errado, mesmo no ambiente virtual, é importante que os pais tenham acesso às páginas de relacionamento e celular de seus filhos, fazendo uma supervisão discreta, sem interferência direta. Cada dia mais venho pedindo a interferência dos pais na vida de seus filhos, para que passem mais tempo juntos, facilitando a comunicação. Pois, só assim, poderemos agir em uma das frentes para se evitar o bullying e o cyberbullying, a nossa própria casa!
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Bullying X Brincadeira
Após um mês sem me pronunciar perante os acontecimentos, volto para frizar a diferença de bullying e brincadeira.
Vamos lembrar e contar inclusive para o senador Requião, que um comportamento só pode ser considerado bullying quando cumpre certos pontos, como:
1) Desigualdade de poder (bonito e feio, forte e fraco, tímido e sociável, etc)
2) Não haver razão evidente e intencionalidade
3) frequência da ocorrência, minimamente três vezes
Então, vamos nos policiar para não sair dizendo por aí que qualquer comportamento de intimidação, chacota ou brincadeira é bullying. Precisa de muito mais do que isso para ser considerado assim.
Outra coisa que eu quero abordar é o papel dos filhos/alunos perante os pais/professores. Alguns alunos me procuram dizendo que estão sofrendo bullying, mas quando me contam o ocorrido, percebo que não pode ser considerado assim, muitas vezes, o que ocorre é uma situação isolada de brincadeira de mau gosto. Claro que isso pode evoluir para bullying, mas é nessa hora que os pais e professores entram para educar. Mas para que isso ocorra é de extrema importância que o filho/aluno conte exatamente o que ocorreu, sendo verdadeiro, para facilitar a ação do adulto. Muitas vezes, sem perceber as consequências, os filhos/alunos aumentam o ocorrido fazendo com que os pais/professores passem por mentirosos ou mesmo extremistas.
Ou seja, pessoas, tomem cuidado com o uso do termo bullying e como contar sobre o episódio sofrido. Tente ser o máximo possível fiel aos acontecimentos!
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