Na ETEC do Guarujá/SP um grupo de alunos do Ensino Médio utilizou o tema bullying para produzir um filme de mais de uma hora. Para tal foi feita muita pesquisa e entrevista com os próprios alunos.
Confira o trailer e a matéria na íntegra no link abaixo.
http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/08/23/alunos-da-etec-fazem-filme-de-ficcao-sobre-bullying.jhtm
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Nova série The Yard
Todos nós sabemos que o bullying é mostrado em diversos filmes americanos, por isso mesmo muitas pessoas insistem em afirmar que há mais prática lá do que aqui, ou então que o fenômeno teve início lá e depois se espalhou pelo mundo. Não é pelo fato de ter mais divulgação, que o bullying nos EUA seja mais intenso ou ocorra com maior frequência. Alguns países nórdicos ou mesmo a Inglaterra tem incidências maiores que os EUA.
Não critico o fato do bullying americano ser extremamente filmado e comentado. É uma forma de observar e debater o assunto. Porém, hoje, um amigo me passou o link de uma nova série que foi lançada no Canadá. A série tem por intuito, até onde eu entendi, debater assuntos adultos na figura das crianças, já que isso choca mais. Mas eu me questiono de como realmente chegará ao público no mundo todo. Ou seja, como os espectadores irão receber as informações. Será mais um momento de violência na TV, ou as pessoas realmente param para refletir o que vêem?
Assistam o trailer da série e me diga sua opinião.
http://www.seriesfree.biz/2011/08/the-yard/segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Cuidado com os vários livros sobre bullying
Fico feliz quando me perguntam qual fonte eu aconselho para pesquisa sobre bullying. Costumo dizer para ver livros sobre o assunto, mas tomar cuidado com a tendência à auto ajuda dos autores. Um bom livro sobre bullying é aquele que sobretudo é informativo, sem apelações, sem romances. Hoje temos muitos livros com essa temática, o que torna mais rica a pesquisa e o encontro da informação desejada. E é claro que é importante essa diversidade, pois estamos sempre ressaltando o assunto, porém tome cuidado. Muitos curiosos sobre bullying fazem uma rápida pesquisa e escrevem sobre. Há diversos profissionais qualificados que tem seus livros publicados, mas outros nem tanto. Por isso, assim como na internet que você escolhe os melhores sites, escolha os melhores livros, os autores mais capacitados no assunto e livros que abordem o que lhe interessa sobre bullying.
Não vou citar nenhum livro aqui. Se alguém quiser dicas de livro, me escreva, dizendo as necessidades, que eu indico o que avalio como o mais adequado.
Mas acima de tudo, informe-se e busque outras fontes que não o jornal ou a televisão, eles podem estar viciados!
Não vou citar nenhum livro aqui. Se alguém quiser dicas de livro, me escreva, dizendo as necessidades, que eu indico o que avalio como o mais adequado.
Mas acima de tudo, informe-se e busque outras fontes que não o jornal ou a televisão, eles podem estar viciados!
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Two and a Half men
Não creio que a série Two and a Half men seja lá muito educativa, mas no 1º episódio da 5ª temporada o assunto principal é a primeira aula do Jake no Junior High, que equivale ao antigo colegial e atual Ensino Fundamental II. Seu pai, Alan, tenta lhe prevenir sobre o que pode lhe ocorrer e cita diversas formas como o filho pode sofrer bullying. O termo não é utilizado, mas o fato é que seu pai, que sofreu muito bullying na escola, passa todos os seus receios e medos para o filho. Assim, o pobre garoto vai morrendo de medo para sua aula. Resumindo, ele falta ao primeiro dia de aula apavorado com as coisas que o pai havia lhe falado e com as atrocidades que pudesse sofrer.
Qual comparação eu quero fazer?
Por mais que os pais queiram alertar seus filhos sobre o que eles podem sofrer na vida, eles não podem proibir seus filhos de terem suas próprias vivências. O que os pais devem fazer é escutar seu filho, mostrar que podem confiar neles, e quando o filho vier pedir conselhos ou questionar sobre o que fazer em dada situação, aí sim os pais devem ajudar, mas sem trazer o problema para eles.
domingo, 7 de agosto de 2011
O que pode incitar o bullying?
Hoje, ao assistir o Fantástico, me deparei com uma matéria sobre jogos violentos. Um dos assuntos que abordo nas palestras para as escolas é exatamente fatores que podem influenciar um jovem a praticar bullying, falando de jogos e filmes violentos.
Nós temos por hábito achar que tudo é regra, ou seja, se você jogar esses jogos de vídeo game violentos, você terá um comportamento mais agressivo, ou não. Mas não é tão linear assim. Os jogos e filmes violentos se jogados e assistidos com frequência PODEM (não é regra) dissensibilizar, quem os utiliza, quanto à violência. Ou seja, quanto mais tempo você estiver exposto a situações violentas, mesmo que de forma fictícia, você tende a achar isso mais normal e ver com mais naturalidade o fato. Porém isso não faz de você um agressor em potencial, mas também não quer dizer que nunca acontecerá.
O que eu quero deixar claro com tudo isso é: não é ação e reação. Não é pelo fato do seu filho jogar jogos violentos, com mortes e tiros que fará dele um agressor ou atirador. Há outros fatores envolvidos nesses comportamentos. Mas não devemos ignorar o fato da dissensibilização à violência. Não podemos criar crianças e adolescentes que acham comum um homicídio ou um assalto a mão armada. Não podemos criar pessoas passivas à violência, que é o que esses jogos, em sua maioria, podem, com mais veemência, causar.
Em uma das palestras, ao dizer tudo isso, um menino fez a colocação de que ele fazia uso desse tipo de jogo como uma forma de extravasar as angústias e raivas que ele passara durante o dia. Eu, então, disse a ele para jogar futebol ou alguma outra atividade que consumisse mais a energia física dele, e não só a mental. Existem outras formas de canalizarmos nossas energias, que não vídeo games violentos.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Um caso real
Depois da pausa para merecidas férias escolares, estamos de volta.
Hoje quero contar a vocês sobre um caso que me foi apresentado. Mais uma vez coloco como fundamental o papel dos pais e educadores.
Na escola H, duas amigas, Beatriz e Amanda (nomes fictícios), viviam juntas para todo lugar que iam. Amanda era um pouco depressiva e Beatriz escrevia muito bem. Ao passo que Amanda contava suas agruras, principalmente no que se referia aos amores de sua vida, Beatriz escrevia crônicas e poemas sobre o que a amiga lhe contava.
Um certo dia (e esse dia sempre chega), Amanda e Beatriz brigaram. Eis que a mãe de Amanda chega à escola, com alguns dos textos que Beatriz havia escrito. A mãe insinuava que a filha sofria bullying e tinha como provar através dos escritos.
A coordenadora, sem saber o que ocorria, chamou Beatriz a sua sala e questionou sobre o que escreveu. A adolescente afirmou que esse era motivo de brincadeira entre as meninas e que ela só escreveu coisas na presença da Amanda, enquanto elas eram amigas. Agora, então, era a vez de chamar a Amanda, para ouví-la. Para surpresa de todos, Amanda confirmou a versão da Beatriz e disse, ainda, que o mal entendido foi feito por parte de sua mãe. Quando a mãe foi chamada e confrontada com a nova versão da filha, disse que a filha estava sendo influenciada a dizer aquilo, mas que vinha sofrendo bullying e estava abalada psicologicamente. Continuou, dizendo que ia fazer um boletim de ocorrência contra a escola por ter negligenciado o caso.
Hoje, a coordenadora, que fez o que estava ao seu alcance, responde a um processo. As adolescentes envolvidas não voltaram a ser amigas, mas não brigam mais e nem caluniam sobre ninguém. A escola não quis penalizar o caso, mas desenvolve ações para esclarecimento sobre o que é bullying e sobre respeito aos demais.
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