Depois de explicado que mobbing é um comportamento observado em animais, alguns se assustam ao ver tal termo sendo utilizado para comportamento humano e no trabalho. O mesmo, ultimamente, vem designando o que no Brasil chamamos de assédio moral, ou work bullying. Isso devido a relação de hierarquia também existente no assédio moral. Todavia, eu não creio que seja o melhor termo a ser empregado para tal comportamento. Continuemos com o nosso assédio moral mesmo.
Mas por que o assédio moral é de tamanha relevância no nosso estudo de bullying? As consequências do bullying sofrido durante a juventude é vista com mais clareza no assédio moral. Estudos apontam que crianças que sofreram bullying, na fase adulta tendem a continuar sofrendo work bullying de seus chefes e colegas. Da mesma forma, crianças autoras, tendem a continuar o comportamento no ambiente de trabalho. E esse é o maior motivo de atestados médicos, faltas, baixo rendimento, pedidos de demissão. Nem para a pessoa que sofre o assédio moral, nem para a empresa é bom que haja esse tipo de comportamento entre a equipe. Todavia, são pouquíssimas empresas que investem em seus funcionários, e menos ainda as que realmente se preocupam com esse tipo de problema. Façamos a nossa parte na base (escolas e família), para que esse fenômeno não evolua para toda vida.
Este é um problema seríssimo, e que deve ser encarado com seriedade e resolvido.
ResponderExcluirLembrei de mais um caso de bullying que sofri. Acho que pode ser encaixado como work bullying. Foi durante a defesa da proposta da minha monografia, em 2007. O texto não ficou bom, e um dos membros da banca desceu o sarrafo no meu trabalho. Só isso não caracterizaria o bullying, uma vez que a crítica foi ao trabalho. O problema é que ele utilizou isso para pisar em mim. Pouco antes da defesa, cheio de marra, ele zombou de mim por eu ter me enrolado na hora de montar o projetor: "Pô, o cara não sabe montar um pc e um projetor, e quer defender uma proposta de monografia na área de computação". Durante a apresentação, ele sequer olhou para os slides que apresentei. Após as críticas, ele tentou me reprovar, mas não conseguiu pela intervenção do meu orientador.
Dias depois, fui até o meu orientador pedir pessoalmente que este membro não estivesse na minha banca da defesa da monografia. Meu orientador atendeu...
No dia 3 de Julho de 2008, defendi minha monografia sem o membro que praticou bullying. O encontrei no corredor no mesmo dia, durante a decisão da nota final, e ele perguntou: "Ficou com medo de mim?". Respondi que não, e ele disparou: "Você é fraco, isso sim".
São atitudes como esta deste professor que devem ser combatidas. Até hoje sinto um imenso repúdio pela figura dele, e pelo que ele falou. Não falo com ele quando o encontro, e não faço questão disso.
Samuel, atitudes como essas, infelizmente vemos com frequência no meio acadêmico e entre orientador e orientando também. Já ouvi muitos relatos sobre bullying de professor contra aluno inclusive na universidade, o que é muito grave, já que esse deveria ser o primeiro a combater o fenômeno e educar a população.
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